terça-feira, 24 de setembro de 2013

Análise de tempos verbais e sua função em um texto

Análise de tempos verbais e sua função em um texto


Objetivos - Reconhecer verbos em um texto.
- Analisar tempos verbais e sua função.

Conteúdo Tempos verbais (presente, passado e futuro do Indicativo).

Material necessário Jornais atuais e antigos e canetas coloridas.

Desenvolvimento 1ª etapa Organize os estudantes em pequenos grupos e distribua os jornais antigos. Peça que leiam os títulos e subtítulos das notícias, marcando os verbos encontrados com as canetas coloridas.

2ª etapa Explore a utilidade dos verbos: eles são responsáveis pela organização das informações em um texto. Explique que nem todos são iguais: alguns indicam ação, algo que acontece, aconteceu ou acontecerá, ou ainda alguma ação mental. Há também verbos que indicam estado (como as pessoas e os objetos são) e mudanças de estado. Os verbos têm a função de descrever situações e ideias ou mudanças nas situações e nas ideias.

3ª etapa Retome os jornais e questione a moçada: qual é o nome do jornal que cada grupo tem em mãos? Qual é o tema da notícia que estão analisando? Quem dá a notícia? Em que seção do jornal está a notícia? Peça que observem se o texto narra um acontecimento, descreve uma situação ou expõe acontecimentos. Explique que os títulos carregam uma intencionalidade, têm a função de chamar a atenção do leitor para a leitura da notícia e, nesse propósito, os verbos desempenham uma função muito importante.

4ª etapa Organize no quadro uma tabela com os títulos das notícias selecionadas e anote o que os alunos observaram (veja o modelo abaixo).

Título da mancheteCadernoSubtítulo
   
   


Flexibilização para deficiência intelectual - concluindo o processo de alfabetização Escolha uma dupla ou um grupo que favoreça a parceria de trabalho com o estudante. Ou, então, escolha para ele uma parte do jornal que tenha frases mais curtas e esteja acompanhada por imagens. Se necessário, indique que em determinada manchete ele vai encontrar uma palavra que é um verbo. Explore a ideia de ontem, hoje e amanhã para os tempos verbais e trabalhe com vários exemplos antes da tarefa. Lance mão de frases deixando lacunas - como "Ontem ___________ bola") e peça para ele as completar.

5ª etapa Separe uma reportagem entre as selecionadas no dia anterior teve seu título lido pela turma. Suprima todos os verbos que estão nos tempos verbais presente, passado e futuro. Peça que leiam o material em duplas e tentem "adivinhar" quais as palavras que estão faltando. Após algum tempo, abra a discussão a fim de que cada dupla possa se manifestar sobre o que pensou. À medida que as duplas vão se manifestando, problematize os tempos verbais, preenchendo no quadro uma tabela como o modelo abaixo:

PresentePassadoFuturo
   
   


6ª etapa Apresente o texto original para que os estudantes o confrontem com as propostas registradas no quadro. Oriente as discussões.

Flexibilização Escolha um texto mais curto, em que os verbos a serem preenchidos estejam mais explícitos. Combine com a dupla dele que a participação dos integrantes será alternada: uma vez, um estudante completa com o verbo e a outra vez será do colega.

7ª etapa Apresente para a garotada diferentes jornais do mesmo dia destinados a públicos distintos e selecione um assunto que tenha sido abordado por todos os veículos. Desafie os alunos a analisar os títulos e os subtítulos levando em conta as seguintes questões: "Quais verbos aparecem no título e em que tempo verbal aparecem?" e "É possível pelo uso desses verbos inferir sobre a intencionalidade do jornal
que está veiculando a notícia?".

8ª etapa Problematize com os estudantes o sentido das escolhas dos verbos e do tempo verbal presentes nos títulos e subtítulos analisados e o que eles provocam nos leitores.

Avaliação Peça aos estudantes que escolham livremente uma notícia para ler e realizar uma atividade com ela. Solicite então que marquem com cores diferentes os verbos que encontrarem nos tempos presente, passado e futuro do indicativo. Circule pela sala, tire dúvidas e anote os avanços e as dificuldades do grupo. Intervenha quando necessário, questionando se os termos marcados são realmente verbos, por exemplo. Se o trabalho for realizado com facilidade pela turma, amplie a análise, questionando em que tempo estão os verbos marcados: presente, passado ou futuro? Questione as respostas, observando o embasamento das justificativas.

Flexibilização Esta atividade pode ser feita pelo aluno junto ao AEE antes ou depois de trabalhada com a turma toda.

Revisão de texto com foco na pontuação

Revisão de texto com foco na pontuação


Objetivos-  Construir um comportamento revisor em relação a seu próprio texto e ao dos outros;
-  Perceber que a pontuação é um recurso utilizado pelo autor para orientar o entendimento do leitor;
-  Constatar que, na maioria das vezes, há mais de uma possibilidade de pontuação;
-  Desenvolver a capacidade de argumentação;
-  Desenvolver a atitude de colaboração.
Flexibilização para deficiência intelectual Reconhecer tipos de pontuação
Material necessário 
- Lousa e giz (ou papel Kraft e pincel atômico; ou retroprojetor, transparência e caneta hidrográfica)
- Papel e lápis
2ª etapa Desenvolvimento da atividade 
1ª etapaApresente um texto curto sem nenhuma marcação gráfica (como ponto final, letras maiúsculas e travessão). Piadas são interessantes
desde que os alunos tenham tido contato com esse tipo de texto. Peça aos alunos para que, em trios, marquem as unidades que facilitem a sua leitura com algum sinal. Solicite que reescrevam o texto, utilizando a pontuação que julgarem adequada.
Socialize as possibilidades apresentadas pelos trios. Discuta essa adequação, o significado e o entendimento dotexto pontuado de diferentes formas. Converse também sobre questões como identificação da pontuação, reconhecimento dos sinais gráficos em exemplo na lousa e valorize a contribuição de todos.
Avaliação Analise se os alunos utilizam em outros contextos de produção escrita os conhecimentos que construíram a respeito da pontuação.
Flexibilização para deficiência intelectual em fase inicial de alfabetização Com textos curtos ou frases, verifique a aprendizagem do estudante de acordo com o objetivo estabelecido.

Introdução a problemas com frações

Introdução a problemas com frações

Objetivos 
- Relacionar frações com medida

Flexibilização para deficiência intelectual
Amplie o objetivo para a percepção da prática social de mensurarmos os alimentos em quantidades que são pesadas ou quantificadas.
Conteúdo específico- Resolução de problemas que envolvam compor uma quantidade a partir de utilização de frações de uso social, como meio quilo, um quilo e meio, etc.
Anos 
4º e 5º 
Tempo estimado 2 aulas
Desenvolvimento das atividades 
Flexibilização para deficiência intelectual
Antecipe a atividade explorando o conceito de mensuração. Diga ao aluno que muitos alimentos são vendidos por peso e outros por quantidade. Peça que, de lição de casa, faça uma lista de produtos vendidos das duas maneiras. Durante as atividades, promova maior aproximação do conteúdo, enfatizando mais a nomenclatura da fração.

1ª aula Resolução do seguinte problema:
"Repartam 5 chocolates entre 3 crianças de tal maneira que não sobre nenhum e todas recebam quantidades iguais."

Flexibilização para deficiência intelectual
Essa proposta pode ser feita com maior aproximação sua para que o aluno compreenda a consigna e tenha mais facilidade de formular hipóteses.

- Peça que os grupos expliquem seus procedimentos.
As crianças podem se sair com argumentos do tipo: "1 são duas metades, então 1 mais um meio é o mesmo que três metades."
Essa é uma maneira de trabalhar com os alunos a noção de equivalência antes de recorrer ao algoritmo para obter frações equivalentes (a multiplicação do numerador e do denominador por um mesmo número tem como resultado uma fração equivalente à que foi dada).
Para aprofundar esses conhecimentos, apresente o mesmo problema com outros números: dividir 8 chocolates entre 5 crianças. Essa tarefa servirá de ponto de partida para questões como: em que casos se obtém como resultado um número maior que 1? E menor que 1?
Assista a aplicação desta aula no vídeo "Introdução a problemas com frações"
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jnHcF46RtBo
Flexibilização para deficiência intelectual 
Proponha outros exemplos com divisões exatas para que perceba a problematização colocada.

2ª aula: Desenhe na lousa 4 pacotes de farinha de diferentes pesos: 


Proponha dos seguintes problemas: 

1. A mãe de Marina pediu que ela fosse ao mercado comprar 1 Kg de farinha. Chegando lá, a garota encontrou diferentes pacotes. Quantos e quais pacotes Marina comprou?

2. Se a mãe dela quisesse 2 ½ Kg (dois quilos e meio), quantos pacotes Marina levaria? 

3. Quantos pacotes de ½ kilo são necessários para obter 1 kilo de farinha? 

4. Proponham duas maneiras diferentes de comprar 2 kilos e meio de farinha? 

Transforme as respostas dos alunos em linguagem matemática 

Flexibilização para deficiência intelectual 
Use o desenho como registro prévio antes da linguagem matemática. 

Avaliação 
Observe se os alunos conseguiram utilizar todos os pacotes, incluindo o de ¼ kg. Caso não tenham usado todos, proponha novas atividades com situações cotidianas em que utilizem esta medida e, em seguida, represente essa constatação em linguagem matemática. 
Assista a aplicação desta aula no vídeo "Composição de quantidades com frações" 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=quLUFXJUf1o

Fonte: Estudiar matemática - Broitman, Kuperman, Escobar, Sancha y Ponce - Editorial Santillana

Frações: nem tudo acaba em (problemas com) pizza

Frações: nem tudo acaba em (problemas com) pizza

Mais do que representar as partes de um todo, as frações se relacionam a outros tipos de problema, como os que envolvem divisão e relação entre grandezas. Veja como abordá-los para que os alunos dominem o conteúdo


A atividade da próxima página foi feita por Júlia Mourão de Oliveira, 11 anos, do 5º ano do Colégio Pedro II, na capital fluminense. Para dar conta do desafio, ela e seus colegas precisaram ficar atentos a uma série de aspectos. Eles consideraram a escala (cada quilômetro equivale a um segmento), compararam frações, construíram relações entre elas e o inteiro e identificaram suas representações.

Os números foram escolhidos a dedo pela professora Lucíola Castilho. A intenção dela era apresentar exemplos que exigissem conhecimentos variados. No primeiro item, a fração citada tem o numerador menor que o denominador, caracterizando um número menor que um inteiro (fração própria). No segundo, o numerador é maior que o denominador (fração imprópria). No último, o número é composto de uma parte inteira e de outra fracionária (fração mista). Durante a correção, o que gerou mais debate foi qual ponto marcar: 1/4 ou o 3/4? Isso foi interessante porque a turma precisou retomar o enunciado e analisar qual informação estava sendo pedida.

Assim como Lucíola, provavelmente você já teve de pensar em problemas desafiadores, que sejam portas de entrada para o estudo das frações. O mais comum é abordar só a questão entre a parte e o todo - como a que apresenta o desenho de uma pizza dividida em oito pedaços. Um deles é pintado e a turma tem de dizer que fração representa. Desafios como esse são válidos, mas não podem ser os únicos. A construção do conceito sobre representações fracionárias exige trabalhar várias ideias ao mesmo tempo: além da relação entre a parte e o todo, também noções de divisão e de razão.

Para pensar sobre quando e como usar a divisão na resolução de um problema envolvendo fração, é preciso levar em conta os contextos apresentados nos enunciados (leia na próxima página propostas em que essas situações são exploradas).

Já o conceito de razão é ligado à variação dos valores de duas grandezas. Nas frações 16/4 e 12/3, por exemplo, a razão é 4, número encontrado na divisão do numerador pelo denominador. Esse conhecimento é essencial para estudar equivalência, tema que exige o uso das frações(leia na próxima página uma atividade em que o assunto é explorado).

Embora a relação entre a parte e o todo pareça ser mais conhecida e, por isso, mais simples de ensinar, ela requer atenção. Você precisa variar a maneira de redigir os enunciados para que cada desafio tenha uma complexidade. Veja dois exemplos: "Uma pessoa comprou 1 chocolate, o dividiu em 3 pedaços e comeu 2 deles. Qual fração representa o quanto ela comeu?" e "Comprei 2 chocolates e preciso compartilhar com 3 pessoas. Quanto cada uma ganhará?". A resposta de ambos pode ser 2/3, mas o segundo permite outra: 1/2 chocolate para cada criança mais 1/6, que é a metade restante dividida por três pessoas (conheça problemas sobre o tema na próxima página).

Quando os conhecimentos parecem não fazer mais sentido


Para compreender as ideias sobre números racionais (sejam eles representações fracionárias, decimais ou porcentagens), as crianças enfrentam uma ruptura: as regras, válidas até agora com números naturais, não servem mais. A partir daqui, os novos saberes com os racionais vão ser construídos durante a resolução de desafios que tenham sentido para elas.

Sandra Maria Pinto Magina, especialista em Educação Matemática e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ressalta que nesses primeiros contatos com as representações fracionárias é provável que os alunos sigam o raciocínio da ordenação dos números naturais. Eles já sabem que 3 é maior do que 2. Então podem achar que o mesmo se aplica a 1/3 e 1/2. "Para solucionar obstáculos como esses, é preciso propor situações em que eles pensem sobre o que a fração representa em cada problema", diz.

Ao trabalhar no contexto de um problema, é possível perguntar: "Quem vai comer mais, quem ficou com 1/2 ou 1/3 do doce?" Outras opções: "O que fazer com o resto da divisão em problemas que envolvem diferentes elementos, como copos e refrigerante?", "Tem sentido continuar dividindo o refrigerante que sobrou?" e "É possível repartir os copos?". Questões desse tipo são importantes para que os alunos percebam que não adianta pensar só na operação a realizar, mas em todas as informações fornecidas. "Para isso, a variedade de propostas e discussões é essencial", explica Angélica da Fontoura Garcia Silva, professora da pós-graduação da Universidade Bandeirante (Uniban), na capital paulista, que defendeu seu doutorado sobre ensino de frações.

Exemplos de problemas
Muitas frações em uma reta
A professora Lucíola Castilho, do Colégio Pedro II, na capital fluminense, incluiu diferentes desafios em cada item do problema

1. Imagine um motorista que percorre os 5 quilômetros entre a cidade A e a B. Marque na reta que representa a estrada os seguintes locais por onde ele passa:

A. A lanchonete, que fica 1/4 antes de completar o primeiro quilômetro;

B. A padaria, que é vista quando o motorista percorre 7/2 do trajeto;

C. O mercado, que está no ponto 2 1/4 do caminho até a cidade.
Muitas frações em uma reta. Foto: Alex Silva
Análise da resoluçãoA aluna Júlia analisou os contextos e decidiu levar em conta apenas o primeiro quilômetro do percurso para responder ao item A e a distância total para os demais itens.
Observar o contexto para dividir
Carolina Honorato, da Escola Santi, na capital paulista, apresentou problemas em que a operação é a mesma, mas não o raciocínio

1. Antonio tem uma coleção de 86 miniaturas de carros e quer agrupá-los em quatro caixas de modo que todas tenham a mesma quantidade. O que ele deve fazer? Quantos carrinhos ficarão em cada caixa?
Observar o contexto para dividir
Ele deve deixar 21 carrinhos em cada caixa, deixando 2 de fora.

2. Com uma fita de 86 centímetros foram feitos 4 laços. Qual o comprimento da fita de cada laço? Registre a resposta com uma fração.
Observar o contexto para dividir
O comprimento é de 21 1/2.

Análise da resolução
Guilherme dos Santos, 10 anos, do 5º ano, sabe que carrinhos não podem ser divididos. Por isso, na resposta do problema 1 citou o resto. Na segunda atividade, preferiu usar a fração 1/2, mas poderia ter escrito 2/4.
Razão para compreender a relação entre as grandezas
Lucíola, do Colégio Pedro II, também propôs desafios para os alunos compararem frações e entenderem a equivalência

1. Separe as 18 tampinhas em três grupos de mesma quantidade:
Razão para compreender a relação entre as grandezas
A. Quantas tampinhas você colocou em cada grupo?

Eu coloquei 6 tampinhas em cada grupo.

B. Um grupo corresponde à qual fração do total de tampinhas?
Razão para compreender a relação entre as grandezas
C. Agora divida as tampinhas igualmente em 6 grupos:
Razão para compreender a relação entre as grandezas
D. Quantas tampinhas você colocou em cada grupo?

Eu coloquei 3 tampinhas.

E. Um grupo corresponde a que fração do total de tampinhas?
Razão para compreender a relação entre as grandezas
F. Quantos grupos do item "C" correspondem a um grupo do item "A"?

Dois grupos do item C correspondem a 1 do grupo A.
Razão para compreender a relação entre as grandezas
Análise da resolução
À medida que Helena Bastos Peres, 11 anos, do 5º ano, pensou em como separar as tampinhas, compôs a razão entre o todo e a parte e usou a fração para representar essa ideia - como nos itens B e E. Com base nas respostas dela e de outros alunos, a professora Lucíola discutiu o conceito de equivalência, em que duas ou mais frações representam um mesmo número. Elas apareceram no item F, quando Helena respondeu 1/3 e 2/6, representando o mesmo valor.
Olhar o que é parte e o que é todo
Veja a proposta de Claudia de Lorenci, da EM Professor Rosalvito Cobra, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo

1. Ontem meus irmãos comeram pizza no jantar e sobrou 1/4 dela. Hoje, almocei a metade do que tinha. Que parte da pizza eu comi?
Olhar o que é parte e o que é todo
Você comeu 1/8 da pizza.

2. Um recipiente possui 1/3 do volume inicial que ele continha. Se retirarmos metade do que ficou, qual é a fração que pode representar o que sobrou?
Olhar o que é parte e o que é todo
Análise da resolução No problema 1, a aluna do 5º ano Vitória Torres, 10 anos, fez diversos desenhos antes de encontrar o resultado que procurava: dividiu a pizza em 16 pedaços, depois desenhou apenas uma fatia e a dividiu em dois para, enfim, ficar satisfeita com o resultado (1/8). Na atividade 2, Vitória fez uma figura, que foi dividida em três e em seguida repartida novamente, chegando a seis partes. Durante a correção, a professora Claudia pediu que toda a turma socializasse suas estratégias. Alguns apresentaram a seguinte forma: calcularam a divisão da fração 1/3 por outra, 1/2.

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ATIVIDADE VALENDO HORAS NA FORMAÇÃO!!!

Proposta: 

Elabore alguma atividade a ser trabalhada com o conto abaixo e envie pelo comentário, não deixe de assinar seu nome e fazer referência a escola que atua.

Se Eu Fosse Esqueleto


Se eu fosse esqueleto. Ilustração: Eduardo Recife
Se eu fosse esqueleto não ia poder tomar água nem suco porque ia vazar tudo e molhar a casa inteira.

Tirando isso, ia acordar e pular da cama feliz como um passarinho.

É que ser uma caveira de verdade deve ser muito divertido.

Por exemplo. Faz de conta que um banco está sendo assaltado. Aqueles bandidões nojentões, mauzões, armados até os dentões, berrando:

- Na moral! Cadê a grana?

Se eu fosse esqueleto, entrava no banco e gritava: bu!

Bastaria um simples bu e aquela bandidagem ia cair dura no chão, com as calças molhadas de úmido pavor.

O gerente e os clientes do banco iam agradecer e até me abraçar, só um pouco, mas tenho certeza de que iam.

Se eu fosse caveira, de repente vai ver que eu ia ser considerado um grande herói.

Fora isso, um esqueleto perambulando na rua em plena luz do dia causaria uma baita confusão. O povo correndo sem saber para onde, sirenes gemendo, gente que nunca rezou rezando, o Exército batendo em retirada, aquele mundaréu desesperado e eu lá, todo contente, assobiando na calçada.

Um repórter de TV, segurando o microfone, até podia chegar para me entrevistar:

- Quem é você?

E eu:

- Sou um esqueleto.

E o repórter:

- O senhor fugiu do cemitério?

Aí eu fingia que era surdo:

- Ser mistério?

E o repórter, de novo, mais alto:

- O senhor fugiu do cemitério?

- Assumiu no magistério?

- Cemitério!

- Fala sério? Quem?

Aí o repórter perdia a paciência:

- O senhor é surdo?

E eu:

- Claro que sou! Não está vendo que não tenho nem orelha?

Se eu fosse esqueleto talvez me levassem para a aula de Biologia de alguma escola. Já imagino eu lá parado e o professor tentando me explicar osso por osso, dente por dente, dizendo que os esqueletos são uma espécie de estrutura que segura nossas carnes, órgãos, nervos e músculos.

Fico pensando nas perguntas e nos comentários dos alunos:

- Como ele se chamava?

- É macho ou fêmea?

- Quantos anos ele tem?

- Tem ou tinha?

- Magrinho, não?

- O cara sabia ler ou era analfabeto?

- E a família dele?

- Era rico ou pobre?

- O coitado está rindo de quê?

E ainda:

- Professor, ele era careca?

Enquanto isso, eu lá, no meio da aula, com aquela cara de caveira, sem falar nada para não assustar os alunos e matar o professor do coração.

Uma coisa é certa. Deve ser muito bom ser esqueleto quando chega o Carnaval. Aí a gente nem precisa se fantasiar. Pode sair de casa numa boa, cair no samba, virar folião e seguir pela rua dançando, brincando e sacudindo os ossos. Parece mentira, mas, no Carnaval, porque é tudo brincadeira, a gente sempre acaba sendo do jeito que a gente é de verdade.

Se eu fosse esqueleto, quando chegasse o Carnaval, ia sair cantando:

Quando eu morrer
Não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela


Todo mundo sabe que o maior amigo do homem é o cachorro.

O que a maioria infelizmente desconhece e a ciência moderna esqueceu de pesquisar é que o pior inimigo do esqueleto late, morde, abana o rabo, carrega pulgas e aprecia fazer xixi no poste.

E se eu fosse esqueleto e por acaso um vira-lata me visse na rua, corresse atrás de mim e fugisse com algum osso dos meus?

Ricardo Azevedo, autor deste conto, é escritor e ilustrador. Já escreveu mais de 100 livros para crianças e jovens, entre eles Trezentos Parafusos a Menos (Ed. Companhia das Letrinhas) e Contos de Espanto e Alumbramento (Ed. Scipione). É ganhador de vários prêmios, entre eles o Jabuti, que venceu cinco vezes.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CANCELADO O PRÓXIMO ENCONTRO DE FORMAÇÃO 27/09

Em breve:
MAIS ATIVIDADES;
RESULTADOS DOS SIMULADOS;
CRONOGRAMA DOS ENCONTROS DE OUTUBRO.

Encontro de Formação 13/09

Seminário: Questões para a Agenda da Escola Contemporânea

Nos dias 05 e 06 de Setembro, no Colégio Nossa Sra das Dores, apresentamos um banner entitulado
MINHA AULA NOTA 10! apresentando as ações dos professores nas escolas e os resultados de nossas formações.


E.M.FRANCISCO SILVEIRA EM AÇÃO!!!

Trabalho realizado pelas professoras Mayhara e Griciele do 5º ano. 
Sequência didática de leitura de diversos gêneros textuais.
Parabéns professoras!
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PROJETO MEU CORPO - Professora Mayhara.

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E.M.HERMENEGILDO GRIPP EM AÇÃO!!!


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

TESTE X AVALIAÇÃO


No último encontro, aplicamos a ficha abaixo com o objetivo de avaliarmos os procedimentos aplicados em sala de aula.
O retorno foi incrível!
Percebemos como a maioria dos professores envolvidos na formação ampliaram suas leituras e aplicam as orientações oferecidas nas formações e como isso reflete em seus resultados!
Enfim, o fundamental é trabalhar com a leitura  SEMPRE!!!

Questões
SEMPRE
ÁS VEZES
NUNCA
1.Com que frequência você lê para sua turma?



2.Com que frequência você proporciona atividades para que os alunos leiam silenciosamente?



3.Com que frequência você proporciona atividades para que os alunos leiam oralmente para a classe?



4.Com que frequência você realiza leituras compartilhadas em sua classe?



5.Com que frequência você utiliza os gêneros em sua sala de aula?



6.Com que frequência você realiza atividades de escrita espontânea com seus alunos?



7.Com que frequência você solicita produções escritas a seus alunos?



8.Com que freqüência você solicita produções escritas a seus alunos determinando o gênero que eles devem produzir?



9.Você utiliza em suas aulas exercícios ortográficos de repetição para fixação correta da escrita das palavras?



10.Você costuma sinalizar nos textos produzidos pelos alunos as falhas ortográficas cometidas pelos mesmos?



11.Você solicita ao aluno a reescrita de suas produções a fim de corrigir as falhas cometidas em relação a ortografia ou concordância?



12.Você utiliza os descritores avaliativos do bimestre em suas aulas?



13.Você produz atividades para que os alunos compreendam melhor os descritores?



14.Você aplica os simulados encaminhados pela SME?



15.Você produz outros simulados para a sua turma, além dos enviados pela SME?



16.Você visita o blog “Minha aula nota 10!”?



17.Você utiliza as sugestões postadas no blog para planejar as suas aulas?



18.Você participa do blog comentando as postagens?





Encontro 06/09 SME

Neste encontro, os Gêneros Textuais continuaram sendo nosso foco.
Algumas importantes reflexões foram feitas sobre o ensino da Gramática na escola e sobre as produções escritas de nossos alunos.
Abaixo os textos, vídeos e materiais da oficina de formação.
AGRUPAMENTO DE GENEROS.docxAGRUPAMENTO DE GENEROS.docx
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AULA DE PORTUGUES.mp4AULA DE PORTUGUES.mp4
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Ler devia ser proibido .mp4Ler devia ser proibido .mp4
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reproduzir para todos.docxreproduzir para todos.docx
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Quero ser importante - Mario Sergio Cortella.mp4Quero ser importante - Mario Sergio Cortella.mp4
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Sequencia didatica e ensino de generos textuais.docxSequencia didática e ensino de gêneros textuais.docx
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Sugestões de Sequências Didáticas criadas em grupos pelos professores no encontro de formação:

Sugestoes de sequencia didatica que surgiram da oficina.docxSugestoes de sequencia didatica que surgiram da oficina.docx
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