terça-feira, 13 de agosto de 2013

Atividade: Transição entre Gêneros Textuais

No último encontro de Língua Portuguesa foi proposto ao grupo uma atividade que consistia em transformar uma NOTÍCIA em um POEMA, mantendo um mesmo tema.

A Notícia:
31/07/2013 - 13:11
http://ads.abril.com.br/RealMedia/ads/Creatives/default/empty.gifRio de Janeiro – Veja online
Protesto lembra 35.000 desaparecidos no Rio
Rio de Paz ocupou parte da praia de Copacabana para protestar contra o desaparecimento de Amarildo, pedreiro que sumiu na Rocinha depois de abordado por PMs
ONG Rio de Paz protesta na praia de Copacabana para lembrar os 35.000 desaparecidos no Rio de Janeiro (Marcos Tristão / Agência O Globo)
O grupo Rio de Paz organizou um protesto nesta quarta-feira na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para lembrar os 35.000 desaparecidos no estado desde 2007 - o número considera dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Os ativistas estenderam na areia uma faixa com a pergunta "Onde está Amarildo?", em referência ao pedreiro que sumiu na Rocinha no dia 14, depois de ser levado por policiais da Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) para averiguação. Nesta quarta, a Polícia Civil recolherá o material genético de um dos filhos de Amarildo para comparar com as manchas de sangue detectadas por peritos do Instituto Carlos Éboli no banco traseiro de um carro da UPP da Rocinha.
O desaparecimento tem sido denunciado nas redes sociais, onde o perfil 'Onde está Amarildo' ganhou milhares de seguidores no Facebook e no Twitter. O caso do operário também é constantemente lembrado nas manifestações do Rio, que pedem a saída do governador Sérgio Cabral.
“O caso de Amarildo é emblemático. Estivemos na Rocinha e percebemos que as pessoas estão com medo de falar sobre o ocorrido”, disse Antonio Carlos Costa, fundador do Rio de Paz. Segundo Costa, a família de Amarildo participaria do ato desta quarta-feira em Copacabana, mas a mulher do pedreiro ficou emocionalmente abalada depois de ter visto o corpo de uma mulher numa vala na Rocinha, na terça-feira. O corpo foi encontrado pela polícia, durante as buscas por Amarildo na favela.
Os desaparecidos são representados por dez manequins cobertos com tecido transparente na areia. Faixas vermelhas representam o sangue das vítimas, que muitas vezes são torturadas e mortas. Os manequins estão de máscaras, para, segundo o fundador do Rio de Paz, mostrar que os desaparecidos são considerados apenas números.
"São 35.000 desaparecidos, além dos casos não registrados nas delegacias, que não sabemos se estão mortos", disse Costa. "Eles podem ter sido enterrados em cemitérios clandestinos, queimados, entregues para animais, jogados no mar ou até mesmo podem ter tido seus corpos consumidos por ácido, um recurso que tem sido usado e não deixa vestígios", alertou Costa.
Costa também chamou atenção para a violência policial no Rio, que causou mais de 5.000 mortes de 2007 a 2013, de acordo com dados do ISP. O protesto ficou na areia de Copacabana por cerca de três horas, até a realização de um enterro simbólico dos manequins para representar os desaparecidos que foram assassinados e ocultados em cemitérios clandestinos.

(Com Estadão Conteúdo e EFE)

O Resultado:
TEXTO 1:
Amarildo era um pedreiro
que vivia na Rocinha.
Um dia ele sumiu...
Na praia de Copacabana,
um protesto surgiu
e ganhou força
pelas redes sociais do Brasil.
Poema elaborado pelas professoras Raquel Leite Araujo Emmerich e Renata S. dos Santos.

TEXTO 2:  
Protesto
O Grupo Rio Paz organizou um protesto
para lembrar desaparecidos neste manifesto.
Onde está Amarildo?
Ninguém sabe, ninguém viu!
Esta é uma pergunta que não quer calar
na história do Brasil.
Poema elaborado pelos professores Bette, Márcio, Cristina, Miriam, Maria das Graças)

TEXTO 3:
Rio Paz
um protesto faz
contra o descaso sobre os desaparecidos
mortos, feridos ou perdidos,
muitas vezes esquecidos.
Está nas redes sociais, na TV e nos jornais,
mas, do pobre Amarildo,
não se ouve falar mais.
Poema elaborado pelas professoras Danieli, Rosalva e Selma.

TEXTO 4:
Inconformados
O Grupo Rio de Paz
Organizou um protesto
Dia 31, quarta-feira
Em Copacabana, começou o manifesto.

Amarildo morador desaparecido
Onde estás?
A UPP o levou.
Trabalhador, provavelmente confundido.

São tantos desaparecidos!
As famílias buscam respostas,
A sociedade, solução.
Todos querem um basta.
Violência, não!
Poema elaborado pelas professoras Nathália Novaes, Thalita S. Campos Gomes, Maria Cristina de Oliveira, Sônia das Graças Frossard.

TEXTO 5:
Onde está Amarildo?
Rio de Janeiro, Copacabana.
35000 desaparecidos.
Onde está Amarildo?

Facebook, twiter, manifestações...
Onde está Amarildo?

O Grupo Rio Paz lidera o protesto
Manequins mascarados,
cobertos com tecido, enterrados.
Faixas vermelhas, sangue, tortura e morte.
Onde está Amarildo?

Jogado no mar?
Queimado?
Consumido por ácido?
Está sumido!
Onde está Amarildo?

Desapareceu e não deixou vestígios...
Poema elaborado pelas professoras Sheila Diniz, Renilda Gripp, Cíntia Canto, Marlene Guedes.

TEXTO 6:
Amarildo,
Amarildo.
Sumiu e ninguém viu.
Manequins em protesto
Enterro simbólico
E Copacabana
Reclamou em um grito só.
Amarildo,
Amarildo...
Cadê você??
Poema elaborado pelas professora Juliana, Ana Cristina, Zuzy.

TEXTO 7:
Onde está Amarildo?
Alguém sabe?
Alguém viu?
No facebook, no twiter
Já saiu o seu perfil.

Um protesto aconteceu
No Rio, em Copacabana
Sua família e amigos
Querem o culpado em cana.

Onde está Amarildo?
Alguém sabe?
Alguém viu?
Poema elaborado pelas professoras FabríciaFendeler, Tania Emmerick, Silvia Lilian Vogas, Débora Barbosa, Valéria Maria Velozo.

TEXTO 8:
Rio de Paz
Rio de Perguntas
Onde está Amarildo?
Onde estão 35000 Amarildos?
Rio de vala
Rio de sangue
Paz, Paz, Paz
ocultada em cemitérios
os sem destino
descansam em paz.
Poema elaborado pelas professoras Denize, Ana Carla, Patricia Alda.

TEXTO 9:
Rio de Paz 
Poderia estar roubando
Matando ou se prostituindo.

Mas estavam em Copacabana, protestando... “Onde está Amarildo?”
(Sandra, Suzana, Joel, Fernanda e Joice)

PMs abordam sujeito, pedreiro, cidadão
E o povo indignado pergunta:
Cadê Amarildo? Cadê?
Sem respostas, sem ação, sem punição...
Poema elaborado pelas professoras Márcia Marconi, Renata Herdy, Angélica Rocha, Fabiana Adame)

TEXTO 10:
Onde está Amarildo?
Da Rocinha para o asfalto
Da vala para a areia
Nem 3 horas de protesto
Nem 10 manequins cobertos
podem mostrar ou redimir
todo o sangue e terror
todo o medo e indignação
e ajudar a responder
onde está Amarildo?
o pedreiro desaparecido.
Poema elaborado pelas professoras Michele e Natiane.

TEXTO 11: 
Bota fé e atenção
No que eu quero falar
Um grupo organizou
Um protesto gigantão

Onde está o Amarildo
Operário, trabalhador
O povo está gritando
UPP é um terror!
Poema elaborado pelas Ana Maria, Cristiane, Eloina.



Um comentário:

  1. Estamos amando participar do curso da Prova Brasil , excelente formadores .
    Selma , Rosalva e Danieli

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